O andamento da negociação da atualização do piso, principal pauta da assembleia geral extraordinária da Asprolf, realizada na manhã de hoje (08),foi o principal tema e o que gerou maior debate.
Antes, durante os informes, a plenária denunciou uma série de irregularidades envolvendo desde a falta de infraestrutura nas escolas – que teoricamente haviam passado por reformas – à falta de pessoal e superlotação de turmas.
Na escola municipal Eurides Sant’Anna, desde as últimas chuvas, um muro caiu e até agora nenhuma providência foi tomada. Valdir lembrou que logo após o início do ano letivo, uma equipe da Semed com representantes do gabinete do Vice Prefeito, fizeram junto com a Asprolf, visitas às escolas para avaliar, relatar e resolver esses mesmos problemas, hoje denunciados na plenária; e não deram resposta alguma. “Fizemos isso dando um voto de confiança ao governo, que se mostrou interessado em resolver essa demanda. Não resolveu, então pra mim só cabe discutir uma paralisação.”
Outro ponto também debatido foi a data do pagamento dos salários dos profissionais em regime Reda, que excede à do efetivo. A diretoria da Asprolf propôs a unificação na data de pagamentos dos proventos para que esses profissionais recebam seus vencimentos no mesmo dia do funcionário concursado. Também chegou uma denúncia de que os estagiários ainda não receberam seus salários. “Não podemos aceitar que o Reda receba seu salário 5 dias depois, já que a fonte de pagamento é o Fundeb, a mesma que paga a folha do efetivo”, enfatizou Valdir.
Os trabalhadores novamente reclamaram da merenda escolar. “No Caic recebemos um cardápio e a merenda servida é outra coisa. Queremos saber se é um problema geral.” E é geral. Foi o que apontou a plenária.
Nesta última rodada de negociação, propomos ao Executivo incorporar 10% do extra classe ao base, diminuindo assim o percentual para o alcance do piso para 21%. Dessa forma haveria uma maneira de negociar um reajuste sem a quebra da carreira. “Mas o governo trouxe uma proposta piorada, dizendo que mesmo assim não tem condições de dar nada, só se além de tirar o Extra Classe também mexesse na Regência,” revelou Valdir. Sobre a situação financeira do municipio o diretor Marcos Fellipe lembrou que as contas foram realizadas e que a Asprolf verificou a possibilidade do pagamento do 31%, no entanto, grande parte dos recursos vinculados a educação seriam comprometidos com o pagamento de folha trazendo certa dificuldade para o custeio da educação.
Após os debates, a categoria aprovou para o reajuste do Piso, que a comissão de negociação leve para a mesa que o limite de acordo é – considerando que a gente não quer perder a carreira -, podemos fazer um sacrifício de incorporação dos 10% do extra classe, mas não aceitamos quebra da carreira jamais! A proposta de insistir nas negociações venceu a proposta de de greve apoiada por parte da categoria.
Uma nova assembleia em dois turnos (manhã, às 9h e tarde, às 14h), já está definida para a próxima terça-feira (14), na Afpeb.