ASPROLF repudia ataques de Bolsonaro ao ensino de filosofia e sociologia

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A ASPROLF, entidade sindical representativa de 1500 trabalhadores e trabalhadoras da Educação Pública municipal de Lauro de Freitas, repudia veementemente as falas recentes do atual presidente da república e de seu ministro da educação sobre o ensino e a pesquisa na área de humanidades, especificamente em filosofia e sociologia.

A ASPROLF vê a manifestação como mais um ataque à educação, que visa, essencialmente, o esvaziamento da educação pública e o embrutecimento do nosso povo, que segundo o presidente e o ministro não deve ter acesso a cursos de Humanidades. A declaração ocorre com a pretensão de asfixiar financeiramente as instituições de Ensino superior que ofertam tais disciplinas.

O maior problema das Humanidades para o governo Bolsonaro e em especial as disciplinas de filosofia e sociologia, é o seu caráter crítico e democrático, o combate sistemático a visões simplistas, mesquinhas e tacanhas da realidade, provocando o indivíduo e a sociedade para a reflexão e para a pluralidade de perspectivas. Esse campo do conhecimento é responsável por um incessante processo de revelação, descoberta, autocrítica e libertação, processos indispensáveis ao fortalecimento das democracias.

A ASPROLF orgulha-se por ter construído, juntamente com os trabalhadores em educação do Município de Lauro de Freitas, um currículo que conta com a oferta das disciplinas Filosofia e Sociologia já nos anos finais do Ensino Fundamental, ampliando as possibilidades dos nossos jovens de conhecer, analisar e transformar crítica e criativamente a sociedade injusta que estão inseridos.

Governos anteriores antidemocráticos já tentaram eliminar o acesso da população à filosofia e à sociologia. Esses movimentos só atestam que tais disciplinas são vistas com temor pelos inimigos do povo e pelos inimigos da democracia, logo devem ser respeitadas e defendidas por todas e todos que lutam pela democracia como indispensáveis ao desenvolvimento cultural e social e à construção de sociedades mais justas.