Produção coletiva de 400 professoras e professores de Lauro de Freitas que indica caminhos para a educação pública transforma-se em revista de circulação nacional e em livro que auxiliará outros municipios.
O colapso da educação básica está entre as mais devastadoras consequências da pandemia. A aglomeração de crianças em pequenos espaços como as salas de aulas seriam uma bomba de Coronavírus que acometeria as famílias, os trabalhadores da educação e as próprias crianças. Diante disso, a suspensão das aulas presenciais foram e é um imperativo no combate à pandemia. Mas como fica a educação dessas crianças? Qual o impacto de todo esse tempo longe da escola? Como será o retorno às aulas quando a pandemia estiver controlada? É possível oferecer a modalidade de educação remota para a educação básica da rede pública?
Em meio a pandemia do Coronavírus 391 trabalhadores e trabalhadoras da educação de Lauro de Freitas interromperam suas demandas pessoais avaliar e propor respostas a tais questões. Esse grande número de trabalhadoras e trabalhadores da educação ofereceram seus saberes, construíram diagnósticos e apontaram caminhos.
Após esse grande movimento coletivo, provocado pela ASPROLF, um grupo menor de também professores da Rede debruçaram-se sobre esse material com a dura de missão de traduzir os diversos olhares em um único texto. O grupo foi integrado por: Alana de Oliveira Carneiro, Anderson Souza Neves, Ângelo Castro, Débora da Cruz Santos, Lúcia Sacramento Costa, Marcelo Nogueira de Assunção Lefundes, Patrícia Raquel de Sousa, Raquel dos Anjos, sob a coordenação do professor e diretor sindical Washington Cardoso Junior. A força do material produzido foi tamanha que hoje serve como orientação ao Poder Público Municipal, será publicado na revista da CNTE e será transformado em livro.
A ASPROLF Sindicato agradece aos 391 trabalhadores que contribuíram com esse texto, mas especialmente à equipe que debruçou-se durante várias semanas sobre esses inúmeros textos com a difícil tarefa de concentrar e relatar cada contribuição.
Em tempos em que a morte se torna notícia banal nos telejornais e que a destruição de direitos e de políticas públicas são as únicas metas anunciadas pelos governos, iniciativas como essas nos faz mover nossos olhares. Somos conduzidos diariamente a avaliar o mundo olhando para cima, para os espaços de decisão e poder. Esse tipo de atividade, que hoje temos a alegria de exibir, nos anima a olhar também para os lados e para baixo, para os espaços onde a vida teima em erguer-se e se reinventar, onde, coletivamente constrói-se alternativas à projetos de morte.
Segue o texto:
Relatório-GT-ASPROLFTela cheia e download: https://asprolf.org/wp-content/uploads/2020/08/Relatório-GT-ASPROLF.pdf