Precariedade no ensino remoto e o prejuízo gerado a grande maioria dos estudantes foi o estopim para o movimento paredista
Os trabalhadores da educação da Rede Municipal de Ensino de Lauro de Freitas (RMS), farão nesta quarta-feira (09), uma paralisação com um grande ato virtual para manifestar a indignação da categoria com a quebra de acordos do Executivo.
Na última terça-feira (01/06), em assembleia geral extraordinária remota, eles debateram as questões da educação que estão sendo negligenciadas pela Prefeitura de Lauro de Freitas, como a precariedade do ensino remoto quem tem prejudicado seriamente os estudantes, já que, segundo relato dos professores, houve uma queda no quantitativo de alunos que acessam às aulas porque a grande maioria deles não possui celular, tablet, computador e principalmente pacote de internet para assistir as aulas. Embora houvesse se comprometido em fornecer aparato tecnológico tanto para os professores quanto para alunos, a prefeitura não cumpriu com o acordo. No total, são quase 28 mil alunos na Rede Municipal de Ensino e a maioria está sem conseguir acompanhar as aulas.
Outro acordo quebrado, foi o pagamento do auxílio alimentação aos professores que estão cumprindo a carga horária de 40h semanais com as aulas síncronas, sem o auxílio alimentação. Ficou acordado o pagamento do benefício, inclusive com data estipulada pelo Executo, mas o governo não cumpriu.
Todos esses descasos e muito mais, colocaram os trabalhadores num limite insuportável e por isso, desde o dia 1º de junho a categoria deflagrou ESTADO DE GREVE e na quarta-feira, DIA 09, um ATO ONLINE haverá uma live aberta à sociedade civil para discutir os quatro pilares: As condições de trabalho dos profissionais da educação; o problema de infraestrutura das escolas; valorização da carreira do magistério e os precatórios do Fundef, que é uma verba que deveria também ter sido usada para a reforma das escolas, e até agora nada foi feito.