A Reforma fundamenta-se na necessidade de superar o suposto déficit da previdência. No entanto, já foi mais que provado (inclusive na CPI da previdência, no Senado) que não existe esse déficit. A previdência é superavitária. Os gastos do governo, especialmente os gastos com juros e amortizações da dívida pública cresceram muito e alguém precisa pagar a conta. Há muito tempo, a parcela mais rica da população exige uma Reforma da Previdência para que a crise fiscal seja paga pelos trabalhadores e pela parcela mais pobre da população.
No gráfico abaixo você pode perceber que as maiores fatias do orçamento público da União se destinam ao pagamento de Juros e amortizações da dívida e ao pagamento da Previdência. Ao invés de atacar o problema do déficit orçamentário, criando uma auditoria da dívida pública o governo preferiu preservar o chamado Bolsa Banqueiro, e atacar a previdência social.
Auditoria da dívida, desonerações e DRU
Se a Bolsa banqueiro, que leva quase metade do orçamento da União, sofresse uma séria auditoria não precisaríamos extinguir a aposentadoria para os mais pobres. Mas mesmo sem mexer na dívida seria possível cobrando os 450 bilhões que empresas privadas devem, acabando com as desonerações fiscais que funciona como uma espécie de Bolsa Empresário, pois concede permissões para que o empresário não repasse valores para a previdência ou acabando com a DRU que desvincula 30% do dinheiro da previdência para ser gasto da forma que escolher o governo, seria possível superar o déficit orçamentário da União sem mexer na Previdência.