A diretoria da ASPROLF segue na luta pela garantia e manutenção dos direitos da classe trabalhadora. Mesmo o momento sendo de extrema complexidade, a categoria reconhece a luta e se une na construção de saídas coletivas para os problemas que se impõem
A ASPROLF realizou uma nova reunião online com representantes de segmentos da classe trabalhadora, para informar o andamento das negociações com o Executivo e atualizar os trabalhos dos grupos de trabalho.
Valdir destacou que mesmo em tempo de isolamento por conta da pandemia do novo coronavírus, a diretoria da ASPROLF está indo pra rua, atrás do cumprimento por parte do Executivo, das demandas da educação. “Conseguimos que o salário dos trabalhadores não sofresse o corte do desdobramento. Lutamos até o último minuto, por isso que o salário atrasou, porque a folha foi refeita para não prejudicar os servidores, que já estão penalizados com outras situações. Também conseguimos que fossem canceladas exoneração de cargos dos gestores escolares eleitos na consulta pública, eles voltaram às suas escolas.” Ele ainda pediu cautela à categoria porque esse é um momento delicado e cada vez mais há que se ter estratégia para fazer valer a luta.
Na quarta-feira da semana passada (06/05), aconteceu presencialmente a primeira mesa de rodada da Campanha Salarial. Por conta dos cuidados com a contaminação com a COVID-19, apenas três representantes da ASPROLF e um da comissão paritária (professor Marcelo Lefundes), participaram da reunião com a prefeita Moema Gramacho e representantes do Executivo.
Na ocasião, Moema demostrou interesse em atender à pauta da categoria e disse que Lauro de Freitas cumprirá a atualização do Piso (12,84%). Ela também reiterou o compromisso de pagar os retroativos e zerar os processos, propondo a criação de uma força tarefa para a liberação dos processos parados.
O professor Marcelo, frisou que a diretoria do sindicato tem trabalhado bastante e as negociações da reunião com a prefeita teve um bom êxito por conta do empenho da representação sindical, mesmo num momento crítico e de risco de saúde pública, como o que estamos vivendo agora. “Conseguimos manter nosso desdobramento, mesmo num momento de pandemia, em que a prefeitura reclama de baixa arrecadação fiscal, temos essa conquista a nosso favor. Isso é muito positivo.”
Marcos acrescentou a importância da luta nesse período em que outras categorias sofrem com retirada de diretos e cortes. Falou também que a prefeita afirmou que vai continuar tentando desvincular juridicamente a verba do precatória para assim garantir as pautas da educação e que os sinais da primeira reunião de negociação foram bons.
Sobre a suspensão temporária dos empréstimos consignados dos servidores nos bancos CEF e Santander, que haviam sido garantidos via portaria SECAD no dia 06 de maio, e que vem sofrendo resistência essas instituições, Valdir informou que Moema afirmou que o decreto da suspensão está mantido, ela vai voltar atrás, porque entende que o servidor necessita mais do que nunca desse respiro financeiro e determinou que a SECAD resolva o assunto o quanto antes. “A luta sobre os consignados ainda não terminou e a ASPROLF segue acompanhando e cobrando.
O último assunto da pauta foi sobre a primeira live da ASPROLF ocorrida na última quinta-feira (14/05), que tratou sobre A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA, com a mestranda e coordenadora pedagógica da Rede Municipal de Lauro de Freitas, Maria Jane e a educadora Ana Paula Duarte, do Movimento de Organização Comunitária – MOC, Ong referência em educação contextualizada na Bahia. O debate mediado pelo diretor Marcos refletiu sobre a situação de Lauro de Freitas e outros municípios baianos diante da pandemia e teve uma grande interação do público. Na semana que vem, teremos a segunda live da ASPROLF, dessa vez com uma ampla discussão sobre a situação financeira dos municípios, piso salarial e FUNDEB.