Essa crise com a falta de infraestrutura, déficit de profissionais e alunos sem merenda escolar atinge terrivelmente os professores: “todo esse descaso fere minha dignidade como professora”
A assembleia geral extraordinária da Asprolf realizada na tarde de hoje (7), deu continuidade às tratativas da última plenária anterior e o cumprimento nelas deliberadas. Antes do início, o professor e maestro Raimundo Fonseca, deu o informe do coral da Asprolf que está com as inscrições abertas no site do sindicato – asprolf.org.
A assembleia foi aberta com a moção de repúdio ao prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, que mandou a guarda Municipal da cidade agredir professores e vereadores na semana passada e apoio ao vereador Jonathas Monteiro – que desde o início das mobilizações têm lutado lado a lado com os professores de Feira. Também moção para os prefeitos de Correntina.
Mas o ponto principal e crítico dos debates foi a precariedade de estrutura física das escolas, faltam profissionais para o corpo docente, falta merenda escolar. Mais denúncias foram trazidas pela base – inclusive com fotos e vídeos e sala de aula superlotada – “as crianças ficam espremidas. Como garantir segurança sanitária assim?” Essas situações de descasos já foram relatadas para o Executivo, e o desinteresse em resolvê-los tem prejudicado de forma grave o ensino aprendizagem. Os profissionais da educação estão se sentindo exaustos, principalmente no seu psicológico. “Após 2 anos críticos para a educação, ver esse a continuidade do descaso, sinto que a minha dignidade como professora está sendo retirada,” disse uma professora bastante emocionada.
Na Escola Municipal Vila Praiana – as crianças do contraturno, tiveram o direito à merenda negado. “Eles chegam pela manhã com fome e o poder público está negligenciando o direito à merenda para essas crianças. A palavra é negligência.”
Durante esta semana a Diretoria Executiva da Asprolf, junto com representantes do Executivo visitaram as escolas denunciadas na na última assembleia e constataram os inúmeros problemas relatados. Representantes do gabinete do vice-prefeito fizeram relatórios para dar encaminhamentos.
Sobre as pendências como os precatórios, a notícia é de que na próxima terça-feira (12), o advogado da Asprolf, João Ricardo Xavier, estará no TJ para tratar da homologação dos precatórios do Fundef e essa informação será confirmada na próxima assembleia. Quanto à liberação dos processos da educação – que é um assunto conflituoso para a categoria -, é importante esclarecer que a comissão formada pelo sindicato não movimenta a ordem desses processos, isso quem faz é o Executivo. A comissão analisa, pressiona e cobra para a celeridade na publicação.
Na quinta-feira (14), já está agendada uma reunião com a prefeita Moema Gramacho para tratar da atualização do Piso que é 33,24% – “Não vamos aceitar um piso menor que o índice previsto em Lei. Se Lauro de Freitas não pagar o Piso iremos para a greve.”
A categoria também debateu a situação dos profissionais em regime Reda que estão recebendo o salário com atraso, sem o auxílio transporte e sem o ticket alimentação. Um absurdo desrespeito com esses trabalhadores. Nesta assembleia a categoria aprovou as seguintes deliberações:
- Assembleia geral extraordinária presencial na terça-feira (19), às 9h, na AFPEB:
- Se até o dia 19, terça-feira, o governo não atender às demandas da falta de infraestrutura nas escolas, déficit de profissionais e falta de merenda para as crianças – a assembleia será com INDICATIVO DE PARALISAÇÃO;
- Audiência pública em dois turnos na CMLF com os vereadores e sociedade civil para apresentar os problemas das escolas;
- Movimento Passos, Respeite a Escola;
- Se o Executivo não resolver as pendências financeiras com os profissionais Reda, o Reda vai parar;
- Se o pagamento da avaliação de desempenho não cair na conta na segunda (11), na terça-feira a gente não trabalha – para!.
E no dia 3 de junho estará de volta de forma presencial, o FORRÓ DA ASPROLF.
SOBRE OS PROCESSOS PARADOS: A comissão não teria como fazer um levantamento dos processos, por data, colocando tudo em ordem decrescente para que fossem liberados gradativamente? Cobrar do Executivo que seja feito dessa maneira, afinal, não é justo que processos mais antigos estejam parados e os mais recentes sejam liberados antes, como aconteceu em 2020/2021.
Em 2016 quando o então Prefeito Márcio Paiva, através de ato discricionário me deu a dedicação exclusiva, cuja entrada eu dei em 2010 (direito inclusive já liberado em 2012 para mais de 25 pessoas – se lembro bem da pesquisa que fiz na ocasião), foi comentado pelos colegas que era injusto, que era errado isso e que tinha muita gente antes de mim para conquistar esse direito. A Asprolf encabeçou a reclamação dos colegas à época e providenciou para que a Prefeitura não liberasse minha DE. Entramos na Justiça e o processo está ai, correndo….Porque então agora, tem saído processos com tanta facilidade….processos mais recentes em detrimento dos mais antigos, é justo isso???
É preciso que seja feita uma listagem dos processos por antiguidade, para ai sim, serem liberados de forma justa…sem essa relação, vamos continuar a ser prejudicados e tendo que ouvir piadinhas como as que eu ouvi (que eu li) no Facebook, quando saiu a DE.
CHAMA O MINISTERIO PÚBLICO .
Comments are closed.