Além disso, de acordo com o que foi relatado, a terceirização, vem tentando interferir na autonomia das escolas e ameaça as funcionárias da merenda
A Asprolf realizou na tarde de hoje (30), nova assembleia geral extraordinária para dar informes do andamento das pautas da educação e ouvir denúncias recebidas ao longo da semana que passou.
Nos informes, Valdir falou sobre casos que chegaram ao sindicato, que relatam situação de desrespeito à funcionários de algumas escolas e que a Asprolf vai promover no mês de julho, uma Plenária de Funcionários de Escola para esclarecer os direitos e funções desses trabalhadores.
Outro assunto fortemente debatido pela plenária, foi a denúncia que chegou ao sindicato na quarta-feira (24), que dá conta de que a Lemos Passos, empresa terceirizada contratada pela Prefeitura para o preparo e distribuição da merenda escolar, está coagindo funcionários da merenda. De acordo com relatos as merendeiras estão sendo proibidas (pelo responsável da terceirizada) de sair da cozinha para levar a merenda até as crianças, ou seja, ou funcionários auxiliares de classe distribuem o alimento, ou os alunos ficam com fome. Como se não bastasse as próprias demandas dentro da sala de aula, os Auxiliares de Classes estão tendo que fazer um trabalho que não lhes cabe.
Duas funcionárias Auxiliares de Classe reforçaram a denúncia revelando que na creche em que atuam, a Lemos Passos está servindo às crianças do berçário (bebês de seis meses), alimento não indicado e que pode colocar em risco a saúde dessas criancinhas. “O cardápio da Lemos Passos para o berçário é suco de polpa de fruta industrializada, banana da terra quase verde, mingau com pedaço de coco, alimentos inadequados e até perigosos para um bebê de apenas seis meses de vida,” relataram.
Márcio de Castro, presidente do CAE – Conselho Municipal de Alimentação Escolar, destacou que o Conselho repudia as atitudes da Lemos Passos, e que a Prefeitura tem responsabilidade direta nas ações de desrespeito e abuso contra as trabalhadoras da merenda.
De igual forma, a Asprolf também declarou total repúdio e reivindicou a saída da Lemos Passos. O posicionamento do sindicato é pela segurança alimentar das crianças, pelo respeito à autonomia da unidade escolar e aos trabalhadores da cozinha e distribuição da merenda. “Fora Lemos Passos!”
Outro ponto da pauta da assembleia, os processos, a Asprolf apontou que, após os acordos feitos com o Executivo para dar andamento aos processos da educação, caso o governo paralise a liberação dos processos, a categoria irá para o movimento paredista.
Velhos problemas que já deveriam ter sido resolvidos voltaram a ‘assombrar’ a categoria. Estamos a dois dias do mês de junho e as escolas não receberam as Cadernetas Escolares. “A gente precisa que os problemas das escolas cheguem às famílias. Dizer para eles – chegamos ao meio do ano e a escola do seu filho não tem caderneta e também está faltando carteira. A gente precisa fazer essas denúncias,” disse Valdir.
Após os intensos debates a categoria aprovou os seguintes:
- Nenhum Auxiliar de Classe ou funcionário de escola deve servir a merenda porque esse é o trabalho da merendeira;
- Amanhã a Asprolf entregará ao Executivo um ofício com toda a demanda da negociação da Pauta Reivindicatória pedindo publicação em Diário Oficial das comissões acordadas nas negociações. Se não fizer a publicação e se nada for resolvido até o final de julho, haverá uma assembleia no dia 2 de agosto para definir os rumos do movimento paredista;
- A elaboração de um questionário para os diretores e coordenadores de escola sobre a demanda do Reda em suas escolas;
- Uma moção de repúdio ao vereador que no ato da PL dos Auxiliares em frente à Câmara (17/5), fez um gesto em desrespeito aos professores e atacando o movimento sindical.
Hoje (30), às 20h, no canal do YouTube da Asprolf haverá uma live sobre a Ação Judicial dos Retroativos. O diretor jurídico do sindicato, Ednaldo Menezes estará com Valdir e Dr. Rafael Itaparica (Freire & Itaparica), para uma conversa de esclarecimento acerca do tema.
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