Assembleia unificada: negociação avança e prefeitura acata proposta dos trabalhadores

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A ASPROLF e ASSEPMULFE realizaram na manhã desta terça-feira (20), uma assembleia geral extraordinária unificada para toda a  categoria do serviço público municipal de Lauro de Freitas. Com caráter de indicativo de greve, a plenária debateu o reajuste linear salarial. Esse debate iniciou após o Executivo não fechar acordo com os trabalhadores da prefeitura e conceder aumento de 19,99% para os da Câmara.

Numa última reunião, que ocorreu na noite da última terça-feira (dia 19) com a prefeita Moema Gramacho, com a presença do Secretário de Administração (Aílton Florêncio), do Secretário da Fazenda (Luiz Claudio) e da Secretária de Educação (Vânia Galvão), a prefeita justificou que o reajuste dado ao Legislativo é referente a uma verba (duodécimo), do Executivo para a Câmara e que apenas 49 funcionários foram contemplados. E avançou nas propostas de reajuste, tanto para os servidores gerais, quanto para a educação. 

Para os servidores gerais, representados pela ASSEPMULFE, que estavam sem reajuste desde o ano de 2019, ficou acordado reajuste linear de 15%,  3% em agosto; 3% em outubro; 5% em dezembro e 4% em março de 2023.

Para a educação, a prefeita aceitou a contraproposta da categoria, construída na última assembleia da educação, que indicou o reajuste de 11% dentro do ano de 2022. Desta forma, o reajuste das trabalhadoras e trabalhadores da educação será efetuado da seguinte forma: 3% em agosto; 3% em outubro; 5% em dezembro, em janeiro e 2023 será transferido 10% do extraclasse e em março do mesmo ano será transferido mais 10% da gratificação totalizando 20% do extraclasse no salário base. É importante destacar que a transferência do extraclasse trará um ganho de 4% ao salário dos trabalhadores, totalizando 15% de ganhos na campanha salarial de 2022. 

Em relação às trabalhadoras e trabalhadores Auxiliares de Classe, será efetuado o mesmo reajuste de 11% em 2022 e será construído e publicado até o dia 20 de janeiro de 2023 o Plano de Carreira dos Auxiliares de Classe. O Plano de Carreira deverá ser construído de forma que o Auxiliar de Classe com nível superior receba o mesmo vencimento do nível M1 do magistério.

As trabalhadoras e trabalhadores novamente reclamaram da falta de infraestrutura nas escolas e chamaram a atenção para o aumento de casos da covid-19. “Existe um medo de que esse crescente novamente atrapalhe as aulas.”

As trabalhadoras e trabalhadores também voltaram a trazer para a assembleia o problema do sábado letivo e informaram que os gestores e SEMED estão pressionando-os para realizarem as aulas aos sábados. A ASPROLF reafirmou que negociará com a SEMED a reposição desses dias para não prejudicar o calendário letivo, desde que não inclua o dia de sábado. Portanto, a orientação da ASPROLF, é a já deliberada em assembleia – A CATEGORIA DA EDUCAÇÃO NÃO TRABALHA DIA DE SÁBADO! – a única exceção é para o Dia D da Família e nada mais! “Por isso, não adianta a secretaria de educação emitir qualquer informe de expediente letivo no sábado, porque isso não tem legitimidade para essa categoria.” 

No final da plenária, as trabalhadoras e trabalhadores presentes, representados pela ASPROLF e ASSEPMULF votaram e aprovaram as propostas de reajuste salarial.