Categoria avança em proposta com o Executivo mas não descarta movimento paredista

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Ontem na reunião, a prefeita Moema Gramacho, apontou perspectivas para atender às pautas da educação. A categoria discutiu e deliberou que fará nova assembleia na primeira quinzena de setembro. Caso as propostas não avancem, haverá greve.

Atendendo à deliberação da categoria na última assembleia (25.7), a Asprolf realizou na manhã de hoje (21), uma assembleia geral extraordinária com indicativo de greve, com dois pontos de destaque na pauta: a eleição do FME e o resultado das negociações com a prefeitura.

Isso porque, ontem (20), a diretoria da Asprolf, numa reunião decisiva com a prefeita Moema Gramacho, recebeu da chefe do Executivo, um pedido de novo prazo para atender às demandas dos trabalhadores. Moema, novamente recebeu da representação sindical, os pontos pendentes que vêm angustiado a classe trabalhadora. 

Sobre os pontos das reivindicações, Moema se comprometeu da seguinte forma: A que fará o pagamento da avaliação de desempenho de 2021 no final de novembro deste ano; apresentará uma nova lista para publicação de processos e criação do cronograma de outros mais. Da pauta dos efetivos do período de 1988-1989, o sindicato pediu que o Executivo cumpra com a moralidade, e libere para esses servidores, os processos que foram solicitados nas datas anteriores à decisão do Supremo Tribunal Federal – STF. Moema pediu que uma comissão (Asprolf, Semed, Secad e Procuradoria – com o Procurador Geral Leandro Santana), faça em até 30 dias a contar de ontem, um levantamento desses profissionais para amarrar um acordo e liberar os processos de todas essas pessoas. 

A respeito do chamamento da lista de classificados, ela disse que vai chamar 20 classificados, e quanto aos demais, vai atender ao pedido do MP do prazo de 60 dias para apresentar um levantamento das vagas reais e só depois disso fará as convocações. Ainda assim, a Asprolf vai buscar agilizar esse levantamento para antes dos 60 dias de forma a atender essa demanda o quanto antes. Também com relação aos profissionais em regime Reda, ficou acordado que vai pagar agora na folha do mês de agosto a equiparação salarial, e a construção de um cronograma de pagamento dos retroativos para novembro. 

O sentimento da categoria quanto ao novo pedido de prazo da prefeita gerou algumas falas de indignação e aborrecimento, e muitos declaram que falta respeito da prefeitura com os profissionais de educação. Eles pontuaram os problemas do dia a dia da escola – como falta de insumos para trabalhar à falta de pagamento no prazo aos profissionais em Regime Reda. “Como é possível promover uma educação de qualidade num município que não respeita os seus profissionais? Educação de qualidade se constroi também com respeito aos profissionais,” questionou uma professora.

Após longo debate, a categoria apreciou as propostas e deliberou o seguinte:

  1. nova assembleia na primeira quinzena de setembro, para avaliar o que o Executivo cumpriu ou não;
  2. a volta, neste mês de agosto, do pagamento dos retroativos de quem estava suspenso;
  3. pagamento no final de novembro da Avaliação de Desempenho 2021;
  4. os processos dos profissionais que entraram entre 1988-1989, a comissão tem 30 dias para apresentar relatório para fechar um acordo para que a prefeita libere todos os processos desses servidores;
  5. os classificados, o MP deu um prazo de 60 dias para o levantamento das vagas reais para novo chamamento. O sindicato vai trabalhar para reduzir esse prazo.

Na assembleia da primeira quinzena de setembro para avaliar, debater e decidir o que fazer, caso o governo não cumpra com os acordos feitos em mesa. “Se nesse período não houver avanço em nossas pautas, iremos para o movimento paredista!”

Também na plenária de hoje, também foram eleitos os representantes do Fórum Municipal de Educação – FME. O Fórum é um espaço de participação da sociedade para discutir, propor, acompanhar e avaliar as políticas públicas no âmbito do sistema educacional de um município.