Mais uma vez a Educação faz história com ato gigantesco em todo País

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O mito da “classe desunida” é confrontado pela história recente. É comum ouvir pelas salas de professores por aí aquela velha história de que a “nossa classe é desunida”, classe aqui entendida como a categoria dos professores e demais profissionais da Educação. A história recente do Brasil, em especial, a história da luta contra as reformas neoliberais ensejadas a partir de 2016, oferece outra versão para este “dogma do senso comum”. Em 2017, os profissionais da Educação, através da CNTE, estabeleceram em seu congresso ocorrido em janeiro do mesmo ano a necessidade de uma greve geral da Educação e esta greve foi marcada para o dia 15 de março. Em torno desta data, outras categorias fizeram uma grande articulação e o 15 de março de 2017 foi uma espécie de ensaio para a grande greve geral de 28 de abril de 2017 e da imensa caravana para Brasília em 24 de maio deste ano. Esses dois grandes eventos demonstraram a exuberância da resistência ao então governo Temer e ali o tal governo resolveu adiar a tramitação da Reforma da Previdência. Novamente agora, a CNTE constrói a proposta de uma grande greve geral em 15 de maio e leva para as Centrais esse desejo dos educadores do Brasil, sinalizando que mesmo que as Centrais não apontassem para uma grande atividade de toda classe trabalhadora, o dia 15 de maio seria uma greve da Educação Pública. Mais uma vez, a greve da Educação Básica Pública, puxada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação torna-se um evento muito maior, o que significa dizer que além de unida, a nossa categoria é agregadora. Construir consensos nunca foi uma tarefa fácil e num ato como este de hoje, há, sem dúvidas, muitos segmentos divergentes, contudo a unidade de ação a favor de um financiamento público para a Educação Pública e da necessidade de defender a Previdência Social do Brasil ficou clara e das ruas não sairemos mais. Viva a união dos desunidos!