Os trabalhadores também deliberaram que o retorno às atividades síncronas, só quando todos os professores receberem aparato tecnológico da SEMED
Em assembleia geral extraordinária online, na manhã de hoje (01/09), pela plataforma Zoom e pelo canal da Asprolf no Youtube, os trabalhadores da educação discutiram sobre as pautas travadas pelo Executivo.
O presidente da Asprolf, Valdir Silva, deu os informes das últimas reuniões, sintetizando algumas pendências e ajustes das reivindicações. Entre elas a quebra de acordo da Projur, que no último movimento da categoria o Procurador Kivio Dias garantiu que liberaria da Projur 500 processos, mas não cumpriu. “Por isso proponho para a semana que vem uma assembleia híbrida com a ocupação do CALF por tempo indeterminado ou até termos nossas demandas resolvidas.”
Nesse mesmo dia vamos levar o questionamento dos professores quanto ao documento da entrega dos tablets da SEMED. Recebemos a denúncia que nesse documento existem algumas cláusulas que estão sendo consideradas por quem esteve na secretaria como “ no mínimo suspeitas”. Segundo essa denúncia, o documento aponta, por exemplo, que em caso de furto/roubo ou defeito técnico, a responsabilidade de repor e/ou consertar, é do professor. O assunto já está sendo tratado pelo jurídico da Asprolf, que já deu um parecer.
Sobre a tão aguardada lista de Avaliação de Desempenho de 2018, ela foi finalmente publicada na edição de ontem do Diário Oficial; mas o sindicato vem recebendo muitas queixas de professores que não constam o nome na relação. A orientação é que quem se sentiu prejudicado, uma vez que o processo encerrou e não tem mais como entrar com a Comissão, que procure o jurídico do sindicato para entrar com uma ação. As gratificações dos profissionais que não estão sendo reajustadas adequadamente, também vai para a pauta de quarta-feira na ocupação.
A princípio, a plenária pensou em discutir a volta às aulas síncronas, mas imediatamente perceberam que não é possível, porque os tablets estão sendo entregues apenas para o Ensino Básico, a Educação Infantil ainda está na lista de recebimento do equipamento. Por conta disso, a categoria apontou que só retorna às atividades síncronas, quando todo o segmento educacional tiver aparato tecnológico. “Fazer diferente disso é ir contra nosso direito de promover educação com qualidade e prejudicar os outros colegas.” Durante a assembleia, a secretária Vânia Galvão, ligou para Valdir, convidando a Asprolf para uma reunião amanhã na SEMED, para tratar da entrega dos tablets.
As propostas da assembleia híbrida (presencial e online) na próxima quarta-feira (08), às 8h, com ocupação do CALF, só saindo de lá quando a Projur resolver as pendências jurídicas da classe trabalhadora; e o retorno às atividades síncronas quanto todo segmento receber os tablets com internet foi debatida pelos mais de 250 presentes na plenária remota (pela plataforma Zoom), e, em resposta ao tratamento da Prefeitura aos profissionais, 97% aprovaram ambas propostas. “Vamos ocupar o CALF para exigir resposta aos nossos processos sejam liberados. Se for preciso vamos acampar dia e noite, quantos dias forem necessários. Só sairemos de lá com resposta concreta.”