A Professora e Coordenadora Pedagógica, Ladjane Alves Sousa, da Rede Municipal de Lauro de Freitas, irá, pela segunda vez, à convite da Universidade Harvard (EUA), apresentar na 7ª edição do Mark Claster Mamolen Workshop (2 a 5 de maio), seu trabalho de pesquisa do Doutorado voltado para os estudos afro-latino-americanos, que discorre sobre a primeira greve de professores no Brasil que aconteceu em Salvador no ano de 1918.
Na tese de Doutorado, Ladjane demonstra como, pós abolição, os professores enquanto categoria profissional, criaram uma outra forma de resistência frente a um novo modelo de governo (do período imperial para o republicano). Lutas essas, que se refletem nos nossos tempos atuais.
Driblando a alta concorrência, Ladjane, ficou entre os 15 convidados – num universo de 111 doutores concorrentes de várias universidades do mundo – que passarão uma semana em Harvard, para discutir sua tese de doutorado. Ela destacou que a importância desse segundo convite está no fato de uma professora do município de Lauro de Freitas na Bahia, poder se movimentar do seu lugar para mostrar em uma das melhores universidades do mundo, na defender sua tese, que os movimentos e lutas docentes são práticas docentes que vão muito além das práticas pedagógicas. “Se movimentar e lutar por direitos profissionais do magistério, por direitos relacionados à educação é uma prática docente. Essa é a minha defesa.”
Logo após essa passagem por Harvard em maio, Ladjane vai cumprir agenda no mês de julho em São Paulo, onde na USP, participará da 3ª Conferência Continental de Estudos Afro-Latinoamericano do Institute for Afro-Latin American Research (Instituto de Pesquisa Afro-Latino-Americano) – ALARI 2024, com o Ensaio de exposição da defesa e pontos de vista de sua pesquisa.
Pesquisadora nata, a Professora, Mestra e Doutoranda, Ladjane é autora de livros – entre eles infantis, e dona do primeiro lugar no Prêmio Professores do Brasil (2017).
Toda esta caminhada de sucesso é fruto de um trabalho da prática de uma educação antirracista já vivenciada por ela no dia a dia das escolas de Lauro de Freitas.
A Asprolf parabeniza a professora Ladjane e expressa um sentimento de orgulho e pertencimento em ver que essas práticas estão sendo vistas e aprendidas para além do nosso continente. Tudo isso fruto da competência e excelência na pesquisa de uma professora negra da Rede Municipal de Ensino de Lauro de Freitas. Congratulations, Ladjane Alves!
