A ASPROLF realizou na tarde da última sexta-feira (03/04), uma reunião por videoconferência com a diretoria executiva e um grupo de trabalhadores representando os segmentos da educação para debater o atual momento da educação pública de Lauro de Freitas diante da pandemia.
A reunião foi aberta pelo presidente do sindicato, Valdir Silva, que fez um resumo do encontro virtual da CNTE com dirigentes de sindicatos filiados, onde, entre outras pautas, foi debatida ensino à distancia para alunos da educação básica, uma tendência que os governos, mais do que nunca, aproveitando a situação, tentam implantar. Aliás, uma prática que é desejo do presidente Jair Bolsonaro desde que era candidato ao Palácio do Planalto.
O ensino à distância no ensino básico é grave ameaça aos processos de ensino-aprendizagem nas escolas públicas, cravando de vez a profunda desigualdade educacional no País. A população de baixa renda nem sempre tem um computador ou internet que atenda a essa necessidade. “Lauro de Freitas não está pronta pra isso. Faltam materiais básicos nas escolas. A internet da escola que eu trabalho só existe porque os funcionários dividem a conta.” Destacou uma representante. O posicionamento da entidade sindical e dos profissionais da educação sobre o assunto é NÃO AO SUPOSTO EAD NA EDUCAÇÃO BÁSICA!
Além de precarizar o processo de ensino-aprendizagem, o sindicato destaca que não é tarefa do professor gravar vídeos para alimentar uma tentativa de educação à distancia sem coordenação, sem planejamento prévio e que, possivelmente, não poderá ser considerada como atividade escolar, já que esse tipo de atividade não está regulamentada pelo Conselho Municipal de Educação.
Os cortes na folha de pagamento, em função da suspensão das aulas, também foi assunto de pauta. Os servidores questionam o não recebimento do vale alimentação. Há, Brasil afora, um intenso esforço em manter a remuneração dos trabalhadores em quarentena, no entanto em Lauro de Freitas a prefeitura decidiu cortar a alimentação.
A diretoria da ASPROLF, destacou que mesmo estando em momento de isolamento social, por conta do Coronavírus, isso não faz que que as lutas da classe trabalhadora fiquem paradas. A ASPROLF continua cobrando a publicação dos processos parados, o pagamento dos retroativos, precatório e outras pendências do Executivo com a educação.
Durante a reunião a categoria parabenizou o sindicato por mais este canal de comunicação e como resultado da reunião, foi deliberado que a ASPROLF provoque o CME para elaborar, em conjunto, um documento oficial recusando a modalidade EAD na educação básica de Lauro de Freitas.
E enquanto a vida não volta ao ritmo normal, por uma questão de resguardar a saúde do trabalhador, a orientação é ficar em casa.
Exelente iniciativa, pois nem todos os alunos possuem equipamentos digital em casa, acesso a internet e outras demandas correlacionadas com a aplicabilidade deste processo.
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