Trabalhadores declaram GREVE em defesa do direito à educação

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Estudantes sem aulas por falta de contratação de professores e pessoal de apoio, escolas sem estrutura adequada, acordos quebrados e proposta de quebra da Carreira do Magistério empurraram os trabalhadores para o movimento paredista. 

Os profissionais da educação da Rede Municipal de Ensino de Lauro de Freitas fizeram na manhã de hoje (26), na Afpeb, uma assembleia geral extraordinária para debater o resultado da reunião de ontem com a prefeita Moema Gramacho a respeito da Pauta Reivindicatória.

Na assembleia os trabalhadores demonstraram indignação e cansaço frente às negativas do Executivo municipal. Cansados do descaso do com a Educação Pública Municipal que tem gerado inúmeros prejuízos aos estudantes e dificultado o trabalho em sala de aula. Cansados dos acordos descumpridos, como a não publicação do Plano de Carreira dos Auxiliares de Classe. Cansados da precarização da educação com um modelo de contratação REDA que não respeita o trabalhador, contratando-os por apenas 9 meses sem cumprir a lei do piso que exige reserva de carga horária. A falta de respostas efetivas do Executivo às demandas da Educação jogou os trabalhadores em educação do município de Lauro de Freitas para uma GREVE, reforçada pela proposta de quebra da carreira do magistério como forma de burlar a lei do piso salarial do Magistério. A proposta surpreendeu os representantes da Asprolf, e na plenária de hoje, insultou a classe trabalhadora.

Há tempos a classe trabalhadora vem apontando este como o pior ano para a educação municipal de Lauro de Freitas tamanho o desrespeito da prefeitura com a pasta. Mais uma vez o ano letivo iniciou com atraso por causa das reformas nas escolas, que seguem sofrendo com infraestrutura precária (falta ventiladores, mobiliário para professores e alunos, insumos básicos de trabalho, etc.), além disso, Lauro de Freitas trata com desprezo o profissional em regime Reda, que, mesmo tendo igual formação dos efetivos, recebem salário inferior, em data diferenciada e não tem a reserva de carga horária, garantida pela lei 11.738/2008. A desvalorização é tamanha que tem afugentado os profissionais sob contrato Redas que, quando chamados por outros municípios, optam por ir embora e a consequência é o déficit de professores nas unidades escolares, um prejuízo irreparável no ensino aprendizagem dos alunos.

Mais uma vez a prefeitura também não cumpriu o acordo do Plano de Carreira do profissional Auxiliar de Classe, acordado desde 2018. Ficou acordado de que a minuta do Plano de Carreira dos Auxiliares seria enviado à Câmara até o último dia 18 e isso não aconteceu.

Após vários acordos descumpridos e o desrespeito da Prefeitura ao propor quebrar a Carreira do Magistério, mesmo após o esforço da categoria de repassar 20% de sua gratificação para somar ao índice no ano de 2022 para evitar uma greve naquele momento, o Executivo Municipal empurrou os trabalhadores da educação para a GREVE. “Esta greve é de responsabilidade da prefeita. Iniciaremos na quarta-feira, dia 3, a Greve pelo Direito à Educação em Lauro de Freitas”

Na sexta-feira (28), a Asprolf  irá às escolas para fazer esclarecimentos quanto ao movimento paredista, que, cumprindo a Lei das 72h, começa a partir da quarta-feira da semana que vem (3). Na mesma quarta-feira, haverá assembleia para definir a agenda da greve.

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1 COMENTÁRIO

  1. Pelo jeito só a classe de trabalhadores do município de Lauro de Freitas, estão com baixos salários. Já os outros municípios estão com o quê há de melhor.
    Sim, porquê os outros municípios não declararam greve.

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