O Sindicato ASPROLF vê com preocupação os atrasos para formar a Comissão de elaboração do edital que conduzirá a Consulta Pública para provimento dos cargos de diretores e vices em Lauro de Freitas. Se o edital não for publicado até dia 20 de setembro o processo estará prejudicado.
Muitos se dizem preocupados com a educação em Lauro de Freitas, mas na educação não há milagres. Enquanto não houver participação efetiva da Comunidade na vida da escola e da escola na vida da comunidade, não haverá melhora significativa nos índices de ensino-aprendizagem. A escola que dá certo é a escola que já compreendeu que as responsabilidades pela educação das crianças e adolescentes são compartilhadas entre Comunidade Escolar e Comunidade do seu entorno e que já criou instrumentos para consolidar essa relação: instrumentos de descentralização, participação e transparência.
A interferência política partidária na escola, que atua para indicar agentes políticos para ocupar os cargos de diretores escolares já foi diagnosticada como um dos grandes empecilhos para o desenvolvimento da educação brasileira. Para combater essa fatídica realidade, o Plano Nacional da Educação, em sua META 19, exige que o provimento dos cargos de diretores e vices se realize através de critérios técnicos e pela Consulta à Comunidade Escolar.
Apesar desse esforço nacional em defesa da educação e da escola pública, em Lauro de Freitas, inúmeros vereadores ainda se entendem como Donos de escolas e tratam-nas como seus currais eleitorais. Sem nenhuma preocupação com a qualidade da educação pública, vereadores e outras forças políticas deste município lutam para que alunos, pais de alunos, professores e funcionários da escola não tenham direito a escolher seus gestores e decidir os caminhos de sua escola.
A ASPROLF assegura a toda sua categoria e a todos os que lutam pela educação pública neste município, que não medirá esforços para garantir que a Consulta Pública ocorra como previsto e prometido pela prefeita Moema Gramacho e não se intimidará diante daqueles que, em pele de ovelhas se dizem padrinhos de escolas, mas como lobos retiram destas a autonomia e interferem negativamente em seu desenvolvimento.