*Por Raquel Maciel Paulo dos Anjos
Pensar sobre o lugar em que a sociedade tem colocado a mulher não deve ocorrer apenas em torno do dia internacional da mulher, mas porque as mulheres, em especial as mães, são base da nossa sociedade. Muitas sustentam a casa e cuidam dos filhos mesmo sem o apoio dos pais. Aliás, observando o mapa da violência na Bahia e no município de Lauro de Freitas vemos o feminicídio crescer vertiginosamente. As campanhas mais recentes, divulgadas na TV e nas ruas, não são suficientes para educar uma sociedade estruturalmente machista, que tem reservado para mulher um lugar ainda inferiorizado. Mesmo considerando as conquistas dos movimentos feministas, a mulher ainda não é completamente livre, com homens legislando sobre o seu corpo, como o atraso da ilegalidade do aborto. A mulher, de modo geral ainda ganha menos do que o homem. Ainda luta para ser respeitada no trabalho e em cargos de liderança. Luta pelo direito de ser mãe. Pelo direito de ser mais que um corpo. Pelo direito de ter um corpo. E ainda luta contra relacionamentos abusivos e pelo direito de não ser assediada pelo simples fato de ser mulher.
Muitas foram as conquistas das mulheres e ocupamos cada vez mais espaços. Mas ainda temos um muro enorme a destruir se quisermos construir uma sociedade que ofereça equidade em seus direitos. Por isso, a escola, independentemente da disciplina, deve atuar de modo a desmascarar as injustiças e o machismo que se revelam nas entrelinhas. A conscientização é fundamental para engendrar transformações de base – e essa conscientização deve acontecer a partir da experiência da reflexão. Pensando em promover um processo educativo significativo e transformador é fundamental que, enquanto educadoras e educadores, façamos da escola um espaço de acolhimento, expressão criativa e reflexão onde meninas e meninos obtenham iguais direitos e deveres. Assim, formaremos cidadãs e cidadãos capazes de agir de maneira crítica em meio aos desafios de uma sociedade mergulhada em transformações.
É o que muitas escolas precisam, ser local de acolhimento. Parabéns pelo texto.
Cada vez mais estaremos unidadas por toda e qualquer ameaça aos nossos direitos, de olhos bem abertos! Parabéns Raquel, seu texto expressa muito bem a nossa realidade!
Amei!!!!!
Qual é o nome dessa artes ilutrativa
A imagem recebeu uma pequena distorção… A original de Annie Nicoletta Ceccoli chama-se “Corvos”. Grande artista!
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