Contratações temporárias custam mais aos cofres públicos baianos

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Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas

SALVADOR (BA) – A contratação de trabalhadores sem concurso na Bahia, prática que contraria a Constituição, tem se tornado frequente e inchado a máquina pública. Além do governo do Estado várias Prefeituras baianas recorrem aos empregos temporários, o que em período de eleição pode se tornar uma verdadeira arma política.

De acordo com o Sistema de Acompanhamento de Pagamento de Pessoal (SAPPE) do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que usa dados fornecidos pelos próprios gestores municipais, Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, é uma das prefeituras que mais recorrem aos “sem concurso”. Em dezembro do ano passado (dado mais novo em relação à prestação de contas dos municípios), enquanto 1.767 cargos eram ocupados por concursados e custavam R$ 2.721.845,28, os temporários chegaram a ocupar 4.145 vagas, sendo 433 cargo de comissão, gastando a quantia de R$ 6.097.445,14.

Já o município de São Francisco do Conde, a 66 km da capital baiana, mantinha 3.378 temporários ao custo de R$ 3.553.436,42 e 1.363 cuja folha foi de R$ 2.528.668,31, também em dezembro de 2009. A folha dos 1.485 concursados foi de R$ 2.258 milhões.

As cidades de Camaçari e Simões Filho, ambos na Região Metropolitana de Salvador, também não ficaram de fora. Dispunham respectivamente de 1.513 temporários (folha de R$ 2.277.599,74 em dez/2009), 686 em cargo de comissão (R$ 1.595.169,44) e 3.766 efetivos (R$ 7.977.819,85); 1.477 temporários (R$ 1.510.078,39), 971 em cargo de comissão (R$ 1.088.245,58) e 2.389 efetivos (R$ 3.181.631,35).

Fonte: A tarde on line, 25/10/2010