Professores da Uneb entram em greve por tempo indeterminado

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Os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira, 11. As outras universidades estaduais (Uesf, Uesc e Uesb) encontram-se em estado de greve e farão assembleia para decidir se aderem ao movimento iniciado pela Uneb, de acordo com Abraão Félix, integrante do Comando de Greve da unidade.

Os docentes querem que o governo abra a mesa de negociação e alegam que já tiveram encontros com representantes da Secretaria de Educação do Estado, mas que a conversação não foi iniciada de fato. “O que queremos é negociar. A pauta foi protocolada no ano passado e o governo propõe que a gente só comece isso (negociar) em 10 de novembro. Para a pauta que já foi entregue (à mesa de negociação), já deveria ter acontecido”, diz Abraão Félix.

O coordenador de ensino superior da Secretaria de Educação do Estado, Clóvis Caribé, esclarece que o governo não pode abrir a mesa de negociação após junho. “A gente negocia, mas não pode abrir a mesa de negociação por questão legal. Uma mesa de negociação não demora menos de 30 a 45 dias e a gente não pode mandar nada para a Assembleia a partir de 30 de junho, por conta da eleição”, explica.

Caribé também disse que o governo tem um acordo vigente com a categoria até julho deste ano e a mesa de negociação só poderia ser aberta após esse prazo mas, por conta do período eleitoral, o governo assinou um termo de compromisso com os docentes para iniciar a negociação em novembro de 2010. Abraão Félix disse que o acordo vigente diz respeito à pauta de 2009 e não impede o início da negociação da pauta de 2010, o que Caribé contesta.

De acordo com Abraão, a categoria quer a incorporação de 70% da gratificação por Condição Especial de Trabalho (CET), contratação de professores e técnicos, revogação da lei 7.176/97 que, segundo os grevistas, retira a autonomia da universidade, e “respeito ao estatuto do magistério”, que prevê promoção e progressão na carreira docente.

Caribé disse que o governo reconhece a necessidade de incorporação do benefício, mas que isso não poderia ser feito imediatamente, apenas a partir de 2011 após a abertura da mesa de negociação em novembro de 2010.
Fonte: Atarde Online, 11/06