Assembleia unificada: Falta de acordo salarial ameaça greve geral no serviço público

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Os sindicatos do Município de Lauro de Freitas, Assepmulf e Asprolf, realizaram na manhã de hoje (13), em frente ao Calf – Centro Administrativo de Lauro de Freitas (RMS), uma assembleia geral unificada, a fim de debater a pauta financeira das categorias.

As representações sindicais que vêm sem sucesso desde o início deste ano tentando fechar o acordo salarial com a prefeitura, foram surpreendidas com um reajuste de 19,99% exclusivamente para funcionários da Câmara de Vereadores (DOM 05.07.2022, Lei Municipal 1.999).

As entidades sindicais entendem que é válido o reajuste para o legislativo, porém os demais trabalhadores deveriam também ser contemplados, já que os salários estão defasados. Por conta disso eles fizeram uma manifestação pública para reivindicar o reajuste linear para toda a categoria e a implementação do Plano de Cargos. 

Nas falas, os servidores denunciam que tiveram cortes de 20% nos vencimentos e de outros, foi retirada retirada do auxílio alimentação – situações que prejudicam de maneira grave a vida financeira da categoria.

No meio da manhã o Secretário de Governo, Antonio Birne, recebeu uma comissão dos sindicatos que representam os trabalhadores para ouvir as demandas. Porém, após os debates, Birne afirmou que não podia tomar nenhuma decisão já que foi orientado a apenas receber os trabalhadores, anotar suas reivindicações e depois se reunir com  a prefeita Moema Gramacho.

Na mesa, os trabalhadores lamentaram a ausência da prefeita, Eles apresentaram suas reivindicações e o desconforto com foto das outras categorias que não terem sido contempladas com o reajuste linear. “Não somos contra o reajuste do Legislativo, somos a favor. Mas também defendemos a isonomia no tratamento aos servidores por isso reivindicamos um reajuste linear para todos, caso contrário, o Executivo estará empurrado os trabalhadores para uma greve geral em todo o serviço público municipal.”

Além da atualização dos vencimentos, os trabalhadores também pontuaram a necessidade da implementação imediata do Plano de Cargos e Salários. Após o final da reunião da comissão com o Executivo, a categoria aprovou uma assembleia geral unificada com indicativo de greve na próxima quarta-feira (20), às 9h, na AFPEB. “Determinamos que a prefeitura nos dê uma resposta em até 8 dias. Se isso não acontecer, o governo será o responsável por uma grande greve no serviço público.”