BA: Lauro de Freitas: Justiça reconhece legalidade da greve da ASPROLF

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Publicado em Quinta, 25 Fevereiro 2016 14:52

Os trabalhadores da educação da rede municipal de Lauro de Freitas, em greve desde o dia 12 de fevereiro, tiveram mais uma vitória. A justiça reconheceu a LEGALIDADE da greve da categoria e determinou que não haja corte nos salários dos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista. Através de liminar o judiciário também autorizou a manutenção de 50% dos trabalhadores na greve.

Os vários casos de desrespeito da gestão municipal levaram a categoria ao movimento paredista, que teve como estopim a retirada do direito aos educadores, alunos e comunidade de escolher o diretor e vice-diretor da sua escola. Além disso, a prefeitura está fechando turnos em escolas para promover a enturmação; superlotando salas de aula – muitas vezes sem estrutura para atender aos estudantes, como a falta de ventiladores, e o mais preocupante, comprometendo de forma desastrosa o aprendizado desses alunos.

Movimento Paredista

Durante esses da greve na rede municipal de ensino os trabalhadores foram às ruas e às escolas dos bairros de Itinga, Centro e Portão fazendo ‘ato de conscientização’ da população sobre a paralisação, entregando à comunidade carta aberta, explicando os motivos que levaram à greve. De forma pacífica os trabalhadores entraram nas unidades de ensino e com a permissão de diretores e/ou coordenadores, informaram também aos poucos alunos que estavam presentes em algumas escolas, os motivos da paralisação. Em nenhum momento houve conflito ou qualquer tipo de agressão contra colegas e muito menos impedimento aos que não aderiram à greve. Pelo contrário, na segunda-feira (15), professores ligaram para o ASPROLF Sindicato denunciando que estavam sofrendo intimidação e terror psicológico, praticados por parte de gestores nomeados pela prefeitura e, segundo denúncia, de um vereador da cidade.

Educação na UTI

Durante todo o ano de 2015, a gestão ‘progressista’ de Márcio Paiva vem penalizando a educação e os educadores, implantando déficit de profissionais em sala de aula, precarizando a educação com escolas sucateadas com problemas que vão desde falta de carteiras para alunos – que chegaram a ter que assistir toda a aula em pé –, à infraestrutura precária, como falta de ventiladores e até de água para estudantes e funcionários. Os salários dos trabalhadores em educação – assim como o dos demais servidores públicos – também foram alvo da gestão municipal e não foram pagos em dia. Assim como o 1/3 de férias da educação que a prefeitura só pagou no final do recesso (final de janeiro deste ano). O ASPROLF – Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Educação precisou fazer várias manifestações – ocupações e caminhadas, para evitar os absurdos atrasos realizados por essa gestão. Agora neste ano a prefeitura resolver impor, sem discutir com a classe trabalhadora, a reestruturação escolar; o que acabou fechando dois turnos de uma escola, superlotando salas de aula e sobrecarregando professores.

Esse é o verdadeiro retrato da educação municipal em Lauro de Freitas onde o gestor que em campanha prometeu que educação seria prioridade em seu governo, na realidade vem desvalorizando os trabalhadores em educação e desqualificando a educação pública do município. Um absurdo!

A categoria novamente se reuniu em assembleia geral extraordinária na terça-feira (23/02) e decidiu pela manutenção da greve, além de atender às determinações da justiça, que é o retorno de 50% dos trabalhadores às atividade.

(ASPROLF, 24/02/2016)