A data base para ajuste era em abril, mas, até então, profissionais afirmam que não houve qualquer mudança
Foto: Leitor Metro1
Por: Adele Robichez no dia 26 de abril de 2023 às 11:26
Atualizado: no dia 26 de abril de 2023 às 11:56
Os professores da rede pública de ensino em Lauro de Freitas declararam greve no fim da manhã desta quarta-feira (26). Mais cedo, cerca de 200 discentes se reuniram para decidir os termos da medida. A decisão se deu após um encontro mal-sucedido com a prefeita do município Moema Gramacho (PT).
Em conversa com o Metro1, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf), Valdir Silva, explicou que a categoria está revoltada com a falta de atenção da gestão municipal com as demandas reivindicadas.
“Os problemas vão desde a infraestrutura das escolas à falta de profissionais e cuidadores. Os alunos com deficiência estão em casa, sem educação, por causa disso. Além disso, está em pauta o piso nacional dos trabalhadores de educação”, disse.
Em janeiro, o Ministério da Educação reajustou o piso do magistério em 14,95% e o valor passou de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. A data base para a mudança era em abril, mas, até então, os profissionais afirmam que não houve qualquer mudança em Lauro de Freitas.
A prefeita reuniu-se com alguns discentes nesta terça-feira (25) e anunciou mudanças que deixaram a classe descontente. “Fomos surpreendidos por Moema, que disse que vai ter uma mudança no ajuste de carreira. Ela quer quebrar a carreira única existente atualmente, separando o profissional do ensino médio da carreira dos demais níveis, como de licenciatura, pós-graduação e doutorado. Então ela só vai pagar piso para esses e, para os outros, vai dar o que quiser”, exclamou Valdir.
Segundo o presidente da Asprolf, a medida salarial é agravada pelos outros problemas na rede de educação da cidade. “Por isso, estamos em reunião agora e encaminhamos a greve”, afirmou.
Em ofício encaminhado à prefeitura, os professores reivindicam, entre outras coisas, o cumprimento do piso nacional, inclusive para profissionais contratados por Regime Especial de Direito Administrativo (Reda); a transparência das contas e despesas da Educação; a aceleração dos pagamentos retroativos; e a preservação dos níveis de carreira. A greve passa a valer 72 horas após a comunicação da ação.
Divulgação: Metro 1 / Rádio Metrópole FM