Categoria cobra pagamento do piso
Os professores da rede municipal de Lauro de Freitas deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Lauro de Freitas (Asprolf) após uma assembleia nesta quarta-feira (26).
A greve é resultado de uma reunião ocorrida com a prefeita Moema Gramacho (PT) nesta terça-feira (25), onde ela apresentou uma proposta de reajuste salarial considerada “nefasta” pela categoria.
“Há tempos a classe trabalhadora vem apontando este, como o pior ano para a educação municipal de Lauro de Freitas tamanho o desrespeito da prefeitura com a pasta”, disse o sindicato em comunicado.
O ano letivo começou com atraso por problemas estruturais, como falta de ventiladores e mobiliário nas salas de aula.
Os professores também reclamam da situação dos Redas, que recebem salários considerados baixos e costumam deixar os cargos sempre que recebem outras ofertas de trabalho, gerando um défict de professores.
“Mais uma vez a prefeitura também não cumpriu o acordo do Plano de Carreira do profissional Auxiliar de Classe. Ficou acordado de que a minuta do Plano de Carreira dos Auxiliares seria enviado à Câmara até o último dia 18 e isso não aconteceu”, encerrou o comunicado.
Além disso, os professores também cobram o pagamento do piso da categoria.
Prefeitura rebate
Em nota, a secretaria de Educação do município de Lauro de Freitas manifestou estranhamento diante da decisão do sindicato.
O Município afirma que “sempre cumpriu o pagamento do piso salarial nacional para os profissionais da educação, com valores superiores aos estabelecidos pela legislação. E garantiu também o cumprimento do piso nacional para os Redas, já com a adequação da carga horária pleiteada.”
A secretaria mantém a proposta feita aos professores e disse, em nota, que pretende “discutir à luz da transparência” os dados de receitas e despesas da educação do município para aplicação de um percentual de reajuste nos salários que garanta a preservação da carreira e a viabilidade de pagamento durante todo o ano, buscando também o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Além disso, nos comprometemos a dar encaminhamento a outras demandas apresentadas pelo Sindicato, como, por exemplo, o envio na próxima semana do Plano de Carreira dos Auxiliares de Classe para a aprovação na Câmara Municipal; agilizar o pagamento dos retroativos, das avaliações de desempenho dos profissionais de educação, bem como fazer uma programação para liberação de um quantitativo pré-estabelecido de licenças prêmio, pecúnia e licenças para estudo. Portanto, consideramos inoportuna a deflagração de uma greve neste momento de retomada de aprendizagens, onde o Sindicato não está considerando os prejuízos para a educação do nosso Município, nem as vitórias alcançadas pelo diálogo salutar entre o executivo e a categoria”, continua o comunicado.
“O executivo nunca se negou a receber e dar a devida atenção aos pleitos sindicais, porém, vale ressaltar que é preciso cumprir a lei de responsabilidades fiscais (LRF), e, mostrando atenção à categoria, bom senso e transparência, a gestão propôs um diálogo conjunto em busca de uma solução que não comprometa a saúde financeira do município. Por isso, conclamamos o Sindicato a rever a decisão junto à categoria e propor o retorno à sala de aula e continuar em processo de negociação”, encerra.
Divulgação: Correio*