Professores de Lauro de Freitas entram em greve na segunda-feira (18)

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Correio da Bahia, EDUCAÇÃO

A categoria reivindica a contratação de mais professores e auxiliares de classe para a rede municipal

Da Redação ([email protected])

14/05/2015 11:53:00Atualizado em 14/05/2015 12:05:22

Os professores da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, vão entrar em greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira (18). Cerca de 30 mil estudantes ficarão sem aulas durante a greve, que foi deflagrada durante uma assembleia na última terça-feira (12).

(Foto: Divulgação/ Asprolf)

A categoria reivindica a contratação de mais professores e auxiliares de classe para a rede municipal, assim como melhorias estruturais nas escolas. Os professores também são contra a suspensão da reserva da carga horária de trabalho. A decisão acontece após um acordo firmado entre o sindicato da categoria, o Asprolf, e a Secretaria de Educação de Lauro de Freitas no dia 7 de maio.

Durante a uma reunião entre os representantes dos professores e do governo, foi aceito o reajuste do piso de 10% a ser pago de forma escalonada ainda em 2015, assim como a criação de uma comissão para analisar em conjunto todas as reivindicações da categoria.

“Nós propusemos um reajuste de 10% do piso salarial escalonado durante um ano, mas a condição era que a prefeitura não mexesse na reserva de carga horária, o que não aconteceu. Além disso, a prefeitura quer que a gente crie uma comissão para avaliar os processos administrativos que estão emperrados, o que a gente não concorda, afinal é uma competência deles”, explicou Valdir Santos Silva, representante do sindicato dos professores, em entrevista ao Correio24horas.

Em nota, a prefeitura afirmou que, na reunião do último dia 7, a categoria aceitou, na presença dos também secretários de Ações Estratégicas e de Governo, Ney Campello e Márcio Leão, o reajuste do piso de 10% – maior que o nacional, a ser totalmente pago escalonado, ainda este ano. Na ocasião, também foi acordada a criação de uma comissão paritária para que todas as reivindicações integrantes da pauta sejam analisadas em conjunto governo/categoria.

No entanto, o Asprolf acusa a gestão municipal de creditar aos professores o caos na rede de ensino da cidade, além de se declarar contra um decreto do governo publicado no dia 6 de maio onde medidas proibiam qualquer tipo de contratação até o final de 2015.  “O ponto principal é que as escolas municipais estão com falta de professores. Um decreto publicado no dia 6 de maio foi suspensa a contratação de novos professores como medida de redução de despesas. Foi realizado um processo seletivo do Reda no início do ano e nenhum dos aprovados foram chamados”, lembrou.

Para o secretário da Secretaria Municipal de Educação de Lauro de Freitas, Marcelo Abreu, é incompreensível essa decisão de greve, “não havendo razão para intransigência quando estamos abertos, buscando solução e atendendo aonde o município pode honrar”, afirma.